domingo, 30 de outubro de 2016

O Ministério de Jesus (Parte 2)

Na continuação do texto, meus amigos, agora vou tentar falar em breves momentos do ministério de Jesus.

Como vimos antes, a queda do homem se deu na desconfiança que a serpente inseriu no homem em relação ao caráter de Deus. Algo semelhante ocorre num dos livros do Midrash judaico, o livro de Enoque. Ali ele descreve uma segunda Queda dos Anjos, esses que seriam os tutores dos homens acabam que se apaixonando pelas belas mulheres e com elas tendo filhos, os Gigantes, seres de grande poder que tiranizaram a Terra. Esses Anjos, ao verem terem caído da Graça, prontamente convivem com suas várias concubinas esperando a ira Divina. Dessa convivência os antigos tutores ensinaram as artes do Céu, a fabricação de Armas e carruagens de aço, segredos da Engenharia das construções e o uso de ervas e da magia na manipulação dos secretos mistérios do Tempo e Espaço,

Muita literatura foi escrita sobre os Gigantes ou Nephelins, seja de ordem cristã, Esotérica e até ufológica, afirmando que somos seres híbridos com símios e a raça alienígena dos Anunnakis, como escreve o Arqueologista e Ufólogo Zecharia Sitchin.

Entretanto minha intenção é abstrair a lição moral das lendas Bíblicas e tentar entender o que Deus está querendo ensinar.

(Queria me ater nesse breve fragmento meu sobre a questão da interpretação das Escrituras Sagradas. Eu não me fundo no conceito de verdade científica sobre os eventos ocorridos na história bíblica. Ninguém sabe se realmente aconteceu ou se existiu, e se foi daquela forma mesmo.  Tudo se aceita por Fé. Essa aceitação ao meu ver não é uma substituição metodológica, e nem um postulado axiomático que inicia uma metodologia científica, o que não teria cabimento ao meu ver. Minha intenção é refletir sobre o que eles querem dizer a luz da Bíblia que é a herança da tradição da Igreja, de de forma nem sempre perfeita tenta reunir documentos que aproximem ao máximo a uma visão teleológica da Obra de Deus na Terra. Se Deus não se importou em deixar evidencias incontestes de sua obra, é no meu entendimento, uma forma, desde o princípio da criação no Éden, fazer do homem o construtor do Universo, concedendo assim o Livre Arbítrio e sua consciência, legitimamente a imagem e semelhança de Deus. Um exemplo que me lembro sempre é que Abraão precisava de uma benção de alguém Superior para lhe por autoridade diante Deus em Canaã, e benção que Abrão recebeu de Melquisedeque que surgiu ninguém sabe da onde e foi também a lugar desconhecido  em relação a bíblia e a Torá. A Maçonaria, a Gnosis, As testemunhas de Jeová e outras seitas esotéricas muito escreveram sobre o assunto. O definiram como um grande iniciado  do Egito, que peregrinava pelo mundo e que por motivos de ordem superior se encontraram naquele lugar que hoje é Jerusalem. 
Mas no livro de Hebreus, Jesus fala da sua nomeação não pela ordem da tradição da Lei, mas pela Ordem de Melquisedeque, ou seja, nenhum humano lhe ordenou autoridade, mas o Espírito de Deus, Misterioso, insondável e invisível que ninguém sabe donde vem e para onde vai, configurado na figura enigmática e espantosa no qual é o próprio Deus."

O ministério de Jesus

Jesus, o filho de Deus, submisso a vontade do Pai, não era apenas mais um Santo, mas tinha a intuição pura das coisas em si, purificado das doutrinações humanas e implicantes da sociedade caprichosa, chata e cruel. Não quero discorrer se Jesus era um empenhado estudioso da Torah, do Tanach e do Talmud. Algo pouco provável já que esses estudos eram reservados a quem progredia nos estudos com um Rabi que o aceitasse como discípulo. Também não desmereço os estudos dirigidos de Jesus sobre a tradição, já que em Nazaré, havia um ambiente propício a uma evolução nos estudos, como já citei no texto "Nazaré" nesse Blog.

O fato é que os estudos de Jesus não o faziam pior ou melhor diante de Deus. No seu ministério, seus apóstolos eram das mais cariadas cepas, como alguns fariseus muito estudiosos, alguns ex-terroristas Zelotes, mulheres ingênuas e pescadores ignorantes.

Sim, acredito que para Jesus seja necessário se buscar a sabedoria através dos estudos, mas que isso não seja fator para esfregar seu diploma na cara dos outros. Era comum também algumas pessoas se acharem santas demais por serem ignorantes, pois assim se acreditavam ser como Deus os querida longe da sabedoria mundana, e esfregavam na cara dos outros sua humildade. Era tão humildes que se orgulhavam e se envaideciam com sua humildade.

O fato era que Jesus falava ao coração de cada pessoa, oferecendo liberdade, cura e salvação. Sua Obra foi santa  e maravilhosa, cheia de poder e beleza. Mas os doutores e entendidos não aceitavam que uma pessoa como Jesus pudesse dizer uma coisa dessas.

Os estudiosos da lei esperavam o Messias e o esperam até hoje. Conhecem seus sinais, mas embasado nas suas humanas hermenêuticas não puderam aceitar que um idiota filho de carpinteiro, um borra botas qualquer como tantos outros lunáticos que borbulhavam e se diziam o Messias ou Profetas, João Batista era tido como Louco, poderia causar tumulto já frágil relação diplomática entre os romanos e a instabilidade emocional de seu próprio Povo. O povo esperava sim um Messias, um líder poderoso que libertasse seu povo de todas as humilhações que passou desde a destruição de Israel pela Babilônia. Sua obstinação apesar de correta e justa não estava nos planos de Deus que decidiu realizar uma Nova Obra. Mas o coração obstinado e Guerreiro do povo judeu, cego em sua própria sabedoria, desconfiado com o próprio Deus que lhe falava, rebelde com a Palavra de Deus desde  o Pecado Original, esquecendo a essência da Lei desde o começo era o Amor.

Do que adiantava a Lei da Velha Aliança se essa de nada adiantava pois os corações até podiam obedecer mas eram cheios de ódio e maldade. A Lei só faz é condenar ao revelar o pecado e despertar a ira de Deus.

Nessa investida teológica encontro a Obra paradoxal de Jesus. Que mesmo sendo o mestre de toda a sabedoria e muitas coisas a ensinar, não fazendo mal a ninguém e ajudando todas as pessoas, o Doutores da Lei o perseguiam e o queriam matar. É o mesmo o hoje dos dias atuais, uma pessoa comum com grande conhecimentos práticos em medicina natural, em ervas e procedimentos simples de terapia como massagem no pé e aplicação de argila, querer bater-boca com um doutor cirurgião em Medicina. Esse o mandará o calar a boca ou simplesmente sentir pena da "ignorância" e idiotice do sujeito. A Arrogância dos Doutores da Lei começaram a ficar cada vez mais agressivo diante a genuinidade de Jesus a ponto de ódio de Morte. E mesmo assim, Jesus ao final, se entregou ao momento certo, crucificado e massacrado por esse mundo cego e louco, como no passado Caim fez com Abel. Óh Meu Deus! Tu se entregaste a essa geração perversa que fomos e somos nós somente por Seu Amor Infinito, Tu foi e é um Ser pacífico que não se turba diante da mentira e do engano do mundo como muito dos seus que se dizem seus servos, como eu.

Então esse é o que queria falar sobre o Amor. O Amor encarnado que através dele podemos ser seus discípulos e participar do reino de Amor, Justiça e Verdade.

P.S. Nos primeiros versículos do Evangelho de João:

 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 
Ele estava no princípio com Deus. 
Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. 
Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens; 

A palavra Verbo deriva da tradução Latina para a Vulgata romana em Latim de São Jerõnimo. No original Grego que está a maioria dos textos sagrados, a Palavra é "Logos". E essa Palavra significa a Verdade. Então, poderiamos dizer assim: No Princípio era a Verdade, e a Verdade estava com Deus, e a Verdade era Deus. A Verdade estava no princípio com Deus...

Deus os Abençoe a todos. André, espero você ter gostado do texto. Sou assim.

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