segunda-feira, 31 de outubro de 2016

As Formas em Platão e o transcendental Espiritual

É legal perceber que a filosofia sempre acaba se moldando a cultura e tradição de um povo, provando que a subjetividade é um fator que sempre irá  acompanhar as entidades que são agraciadas da auto-consciência e é óbvio, a consciência do Universo. Entretanto a filosofia não é um fruto espontâneo que aparece em qualquer Cultura, mas é um modo Superior de se Pensar o Mundo, um fenômeno belo.

Hoje existe uma corrente dominando na filosofia contemporânea que postula que não há pensamentos superiores uns aos outros relacionados aos povos, mas uma forma de ver o mundo diferente. Se o ocidente progride na ciência e na tecnocracia, um aldeamento indígena na floresta amazônica é muito mais genuína no que se refere a intuição e percepção da natureza e dos próximo. Tal postulado é reafirmado que as neuroses e demais desfunções psíquicas são algo típico da coisificação, da massificação e dos tabus poderosos que reprimem a alma e adoecem. Gostam de usar a palavra "subjetividade" para definir os sujeitos sociais e os fenômenos interativos.

Concordo apenas em parte com esses conceitos, pois isso acaba de forma inevitável desmerecendo a filosofia, reduzindo de forma gradual o homem ao animismo e aos instintos brutais e tribais que atuam na maioria das vezes sem razão impulsionado apenas pelas emoções desvairadas. Acredito que esses estudiosos em filosofia contemporânea não entenderam decerto a proposta da filosofia pois se perderam na própria indigestão de suas massivas e densas leituras de estudos exigidos num curso de filosofia que nem sempre orienta de forma devida  problemas necessariamente filosóficos, mas apenas a uma reprodução de textos e carreirismos inócuos ao patrimônio do pensamento humano.

Enfim, tenta-los convencer é como dar soco em murro de faca, como me dizia um tal saudoso amigo querido. Acusado de fascista burguês explorador homofóbico opressor, tento ao meu jeito levar no bom humor, sabendo que somente numa sociedade livre como a nossa, todos tem o direito a suas opiniões, bem diferente do que acontece em Cuba ou Coréia do Norte.

O meu tema nessa postagem é Platão. Como iniciei falado da filosofia atrelado a cultura, comparo a filosofia Clássica Grega ao helenismo Romano. Nietzsche afirma que o Helenismo iniciasse com os Clássicos, que a verdadeira filosofia morre quando a verdade se torna um alvo sob si mesmo, apenas buscando um resultado tecnicista sem nenhum propósito de se sentir a vida, que ele considerava sim a verdadeira filosofia, e que isso repercute nos tempos de hoje numa filosofia que amarra o homem numa linguagem obsessivamente objetiva e sem muito sentido ontológico, reduzindo a filosofia a uma epistemologia  e teorias da ciência. Vou continuar a tratar disso. Enfim, retomando a questão da filosofia as culturas, na filosofia Grega Clássica tinha a influência direta dos mitos gregos e sua forma mística de ver o mundo. A transcendentalidade e a crença da reencarnação sempre foi uma pedra no sapato até para os mais céticos e pragmáticos como Aristóteles e os sofistas. Já os helênicos romanos produziam sua filosofia da forma prática e pragmática típica da cultura romana. Sim, se produzia filosofia de boa qualidade em Roma no que tange a metafísica. Dos muitos filósofos romanos, alguns tendiam a metafisica materialista que se aproxima muito de Hume, como Pirro, outros das emulaçoes racionais que se aproximam de Descartes, outros no campo da moral, da Lei e do como viver feliz, como Cícero e Epicuro. Os filósofos estóicos como Senêca se comunicavam com teólogos cristãos, tano que é possível que o Apóstolo Paulo tenha se correspondido com ele.

No fim da era Antiga, surge Plotino, que é uma espécie de pensamento eclético que mistura hermetismo egípcio, praticidade romana e ontologia Grega. Tal era o prestigio de tais filósofos ainda nas elites educadas de Roma, que Agostinho tenta racionalizar a Fé através da metodologia mística em Platão em Plotino. Esse tipo de platonismo vai se arraigar de tal forma na cultura europeia que séculos depois vai ressurgir nos conceitos da renascença e a teoria das formas por essa vertente humanista usava.

Pois bem, o assunto é Platão. Sua forma de pensar era uma forma Espiritualizada. Acreditava na alma e na sua reencarnação. Porém, ele não reduziu essa doutrina a uma forma vulgar de espiritismo, mas evocou dos mais profundos conceitos metafísicos, que até hoje muitos atuais, e que não minha opinião nunca foram devidamente compreendidos pela maioria das pessoas do mundo acadêmico filosófico.

A Física Quântica, o Platão de Hoje

A física quântica e todas as suas descobertas que tratam do mundo subatômico, e a teoria da relatividade de Einstein, unidas pelos físicos quânticos de outras gerações e que produziram cientistas de peso atuais, não diferem em muito do que  Platão já refletia na antiguidade. A matéria em que conhecemos afinal não passa de um holograma cósmico e interações magnéticas. Tudo na verdade é uma emulação e tudo pode conter uma sósia numa outra dimensão, em dimensões superiores, iguais e inferiores em escala infinita. Em outra dimensão eu posso ser você e você pode ser eu, e noutra a mesa configuração só com cores de camisas diferentes e assim por diante.

Do que entendi dos quânticos, partículas são sustentadas pela interação de partículas ainda menores, e essas por sua vez também. As partículas por sua vez possuem massa, mas essa massa náo é o mesmo conceito de matéria, mas uma interação de ondas em um Campo que configuram as partículas menores. Por exemplo, um próton surge com a interação de alguns Quarks. Os Quarks são ineração de ondas magnéticas proporcionados por partículas ainda menores que compõe esses quarks e assim por diante. Então segundo essa física, tudo é energia que vibra em diversos níveis de campos. No eu entendimento, cada nível de campo possui um "tempo" diferente. quanto menor o tempo em um campo, mais as chances dele coagular num campe de tempo mais rápido que o interage e o sustenta como partícula.

Várias experiências foram feitas desde o início do século 20 sobre a natureza do átomo como a experiência da Fenda Dupla, a experiência do salto Quântico e da interligação atemporal de partículas separadas. A partir disso então não se tem mais conceitos de matéria definido, e nem de energia em tem um conceito fixo, mas são apenas equações e construções imaginarias que montam uma nova forma do que seja realidade e consciência. A experiência da Fenda Dupla tenta mostrar que os elétrons não não podem ser previstos em posições, pois seu aparecer é sempre incerto, mas que também podem estar em vários lugares ao mesmo tempo criando várias entidades emuladas duma só entidade. Confesso que não posso me arriscar a falar muito que nem eu entendo muito do assunto. Mas o que sei já acho um pouco que suficiente para fazer algumas brincadeiras bobinhas com a filosofia.

A Teoria das formas em Platão

Platão dividia o universo entre mundo das Ideias e mundo sensível, de forma resumida. Acreditava que no mundo das ideias se tinha a perfeição do ser das coisas em si. O que sentimos na natureza nada mais é de que uma lembrança imperfeita do que é perfeito. Eu disse lembrança? Sim, pois para Platão, o mundo sensível não é um mundo que se descobre como acaba a epistemologia Moderna, mas a influência de toda sua espiritualidade da transmigração da Alma, de que habitávamos numa dimensão sensível superior, mas ao nascermos nesse mundo, morremos ao que é perfeito, e por isso ele diz "Nascer é morrer". As ditas dimensões superiores que decantamos são também decantações de dimensões mais superiores a essa até o infinito.

O Inatismo em Platão provém desse conceito, que tudo a verdade é uma lembrança em fragmentos. Entretanto, não podemos esquecer de um ponto primordial que vou explicar Agora: O Inatismo é sustentado por algo que caracteriza a metafísica em seu sentido estrito no mundo ocidental, que são as formas puras e perfeitas, que são evidentes por si mesmas e não precisam de experiências e nem de lembranças para acessa-las. Essas são as formas geométricas. Platão era obcecado por matemática, e acreditava que a aritmética fosse a chave para se unir a mente, o corpo e os sentimentos de uma tal que nos elevasse a um insigth ou a uma visão do ser em si em uma dimensão superior.
Devemos cuidar em perceber que o pensamento de Platão ser místico, não é bitolado como os espíritas e gnósticos de hoje. Acreditava que as dimensões não são "outros lugares" mas uma limitação da própria consciência decaída. As formas imperfeitas a que se refere ao mundo não é apenas um ente corrompido, mas apenas esquecido da beleza que o mundo tem, e vice versa, o mundo esquecido de sua própria beleza e esquecido da sua beleza.

Essa maneabilidade com que Platão trata sua filosofia é algo magistral. A relembrança do esquecimento duma "pátria perfeita" também pode se dividir na modalidade em outras vidas nessa dimensão. Tempo no passado, presente e futuro são dimensões também, podendo serem declinações intermediárias entre a hierarquia dos mundos. Poderíamos relembrar uma ida passada e nessas reminiscencias esse outro eu poder sentir nossa presença? E seu eu falar que na física quântica de hoje a teorias em que partículas pegam emprestado do futuro a energia para realizar alguns fenômenos?
No pensamento místico de Platão, de tudo que foi perdido e de tudo que era proibido ao público, o que podemos ousar pensar é o que Plotino produziu sobre tratados de Alta-Magia, já q ue esse o estudou enquanto sobrou literatura disponível. Também podemos relacionar a crença de Platão em civilizações míticas como a de Atlântida e seus estudos com iniciados em magia como os sacerdotes egípcios, os místicos pitagóricos e os astrólogos da Mesopotâmia.










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