domingo, 30 de outubro de 2016

Por que houve escravidão no mundo?

Escravidão no mundo, esse é um tema que também aguça os palpites dos comunistas em responsabilizar os malvado mercado e o malvado capital. Porém, vou provar aqui de quem acabou com a escravidão foi o capitalismo e assim desconstruindo toda uma série de intimidação doutrinária de esquerda que aprendemos desde cedo por palpiteiros de boteco e professores de história e Geografia.

Desde que o mundo conheceu a civilização, a divisão hierárquica e disciplinada do trabalho e sua especialização, surgem as diferenças sociais. A Hierarquia é importante, e todas as sociedades tem, até as mais primitivas como a dos indígenas, possuem uma estratificação forte de chefia, contrariando a tese dos indigenistas de linha marxista que defendem a vida produtiva em comum, como a do sociólogo Darcy Ribeiro, que baseado no livro de Engels "A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado" acreditam que a vida do índio brasileiro era idílica aqui nos trópicos.

Enfim, desde então essa estratificação do trabalho em níveis de chefia e especialização, a remuneração desse serviço também aumenta. Não somente altos funcionários, mas também chefes de tribos donos de rebanhos e plantações tinham uma vida mais confortável materialmente. Todos esses patamares sociais muitas vezes não consumiam tudo o que produziam para sua tribo, e comercializavam seus excedentes. Havia também a especialização produtiva de cada setor. Um plantava mais trigo, outro mais azeite, outro mais lã, outro se especializava e setores de serviços como construção, navegação e manufaturados etc. Assim todos trocavam seus excedentes em forma de comércio, seja de uma tribo com outra e até com a população local na forma de varejo. Daí surgim por assim dizer os primeiros cambistas e corretores, as primeiras formas de moeda primitiva como os metais e o sal por exemplo. E quando a cambistas há todo um jogo de negociação, de previsão de preços e valores, a um esquema de comunicação e correios na sociedade e por final existem leis que protegem esse mercado bem como a propriedade privada. É interessante perceber que as primeiras civilizações de ideias superiores, que assinam o fim do homem primitivo pré-Histórico, adotam uma espécie de livre mercado, dentro é óbvio, das limitações morais e sociais daquela época.

Onde entra a escravidão nisso? Entendo que naquelas civilizações, a excedência e o lucro levam os ricos a querem comprar coisas mais luxuosas, como boas roupas, bons vinhos, boa comida, temperos chiques, cavalos de raça etc. Toda essa demanda por mercadorias faz os preços aumentarem. E aí começa o problema. Vou tentar explicar:

Tribos e altos funcionários consomem muito, isso incluindo alguns escalões menores da alta hierarquia, inclusive o Rei, sua família e a corte que esqueci de mencionar antes. A produção na antiguidade não possuía uma tecnologia como a vemos hoje. Tudo era muito lendo de se fazer, tudo era difícil de se transportar o que tornava tudo meio escasso e por isso caro. Mas com a alta procura dos ricos que podiam comprar, as coisas ficavam ainda mais caras.

[Marxista adora usar esses ricos proprietários e altos funcionários que buscavam comprar produtos de luxo para acusar a indecência dos poderosos e propor de uma forma não-verbal o comunismo primitivo. Vale lembrar que todo ser humano mais cedo ou mais tarde vai querer sair do espírito massificante da coletividade e querer comprar aquilo que lhe apraz. Sim pode parecer desumano às vezes, mas não o é. É a partir das aspirações individuais que o mundo irá progredir em moral e tecnologia, coisa que no comunismo só conheceu a miséria, o genocídio e a perda da liberdade de ser o que se é em razão do que alguns do partido quer que você seja].

Quando tudo é caro e escasso, os postos de trabalho mais baixos que receberiam salários mais baixos não conseguiriam comprar nada devido a inflação. Era impossível aumentar a produção, além de que o seu aumento demandaria mais mão de obra o que tornaria um ciclo vicioso. Então naquele mundo, ser trabalhador braçal era o de trabalhar praticamente de graça e totalmente desestimulante.

Aquelas nações da época procuravam fazer guerras para subjugar povos e faze-los como escravos ou simplesmente comprar escravos de outros povos através do comércio, ou simplesmente fazer um criadouro de escravos, decretando leis que quem nascesse de uma família escrava escravo seria. Essa  configuração social formaria a noção de classes privilegiadas por direito de nascença, geralmente adoçadas por um Estatuto religioso, já que nações antigas eram teocráticas.

(Quero fundamentar teoricamente do porque não haveria outro modelo viável senão a escravidão naquela época antiga. Vale lembrar que se uma sociedade antiga quisesse aumentar sua produção para atender a demanda, deveria contratar mais pessoas para a produção. Se houvesse uma classe trabalhadora ganhando salário, esses iriam gastar seu dinheiro fazendo aumentara demanda por produtos no qual a oferta seria escassa, seria então necessário contratar mais pessoas para aumentar a produção e essas novas pessoas receberiam um salario e iriam gasta-lo fazendo que a procura por bens seja maior e faltando produtos novamente. Isso inflacionaria os preços mais uma vez num círculo vicioso.)

Toda história antiga, Média e Moderna se passaram assim. Em Roma, na Paz Romana, começaram a faltar escravos, e dali criadas instituições como as guildas que eram associações fechadas de artesões que detinham o monopólio da produção e mercado de manufaturados concedidos pelo Império  em troca de lealdade a diretrizes econômicas do governo, e a servidão agrária que consistia em manter preso a terra famílias que não eram escravas mas do qual deveriam permanecer na propriedade com o único intuito de cultivar alimentos, a ponto de conseguir manter a produtividade no Império. Os romanos tentaram usar a criatividade, construindo diversos moinhos movidos a água dispensando assim centenas de escravos, mas tudo isso não adiantou muito coisa, o que militarizou e estratificou a sociedade muito mais. Essa foi a estrutura político-econômica que a Igreja teve que administrar mesmo após o novo governo dos Bárbaros após o colapso do Império. Logo, feudalismo, corporações de ofício, nobreza racial dominante, tudo é apenas fatores de conjunturas políticas de uma época determinado em boa parte pelo sistema produtivo. Vale  lembrar também que na Paz Romana, bem como as áreas de tensões do oriente médio demandavam um grande contingente militar que precisava ser pago com um bom soldo. O Império compensou abrindo minas de ouro na Bretanha e também diminuindo o tamanho das moedas para poder fabricar mais moedas, para poder o governo Imperial honrar as grandes dividas.  Como reza a Lei da oferta e da procura, se há muita moeda circulando devido ao pagamento dos soldos do exército, muita gente fica com dinheiro no bolso sem que aja produtos suficientes para comprar. Nisso tudo sobre de preço, e foi nesse momento em que o Império conhece a verdadeira miséria de seu povo, especialmente os mais pobres que os levou praticamente todos a servidão. É esse mundo, a Idade Média, uma continuação institucional dum Império que não mais existia.



Para mim, pensar em filósofos da renascença como Russeau, Voltaire, Diderot, Descartes e tantos outros não passa de uma emulação do que foi  dito entre os greco-romanos, já que o humanismo e a renascença nada mais foi que a redescoberta da cultura romana contra a cultura da Igreja, assim diziam os "Renascidos". Mas estruturalmente o mundo não mudaria muito em suas formas econômicas. Como sabemos, a Europa na Alta Idade Média já apresentava sinais de intensa atividade econômica e uma grande necessidade  por mão de obra. O descobrimento da América e o sistema do Plantation só foi capaz graças a escravização do índio e dos povos africanos no comércio internacional de escravos realizado desde muito tempo no mundo não cristão.

(Não quero nesse ponto defender a escravidão, mas reconhecer de forma clínica que essa instituição era o modelo econômico da época como expus no começo desse texto)

O fim da escravidão começa com a invenção da máquina a vapor que  a partir dela deixa os navios mais rápidos e com menos pessoas para maneja-lo. As máquinas movem moinhos, movem serrarias e metalúrgicas. Logo depois aparecem as locomotivas e a fábrica têxtil é movida por essas máquinas. Tudo isso dispensa uma quantidade enorme de mão-de-obra e aumenta a produção ao dobro. Ali surge os primeiros proletários do qual Marx se refere. Concordo que a vida proletária do inicio da revolução industrial não era boa, mas não passaram algumas décadas para as coisas mudarem sem a interferência de Marx. Agora se podia contratar pessoas por um salário, e a moeda tinha poder de compra, pois tudo agora era mais barato. E o mundo só foi evoluindo nesse sentido graças ao capitalismo. Através do desejo de ganhar dinheiro e liberdade econômica, com o mundo se beneficiando com o avanço da era da ciência, novas invenções foram aparecendo como o motor a explosão, que possibilitou a criação de caminhões e tratores e máquinas de todos os tipos, venenos para se passar nas lavouras e a descoberta de adubos químicos fez que em tudo se aumentasse a produção, ou melhor, o conceito de produção em série, deixando os manufaturados num preço tão barato que o que mais ganhou afinal com tudo isso foi o pobre. Não havia mais cabimento moral e nem funcional de se manter a escravidão e ela foi abolida.

Hoje se pode contratar pessoas e pagar um bom salário. O sistema hierarquizado continua, mas classes mais baixas da pirâmide social podem comprar muito, podem poupar, podem pegar um empréstimo e abrir seu próprio negócio. Todo o aquecimento de uma economia só faz uma proura grande por mão-de-obra o que tende valorizar o valor dos salários. Tudo o que explanei vai de contra tudo aquilo que os marxistas falam que o capitalismo só quer é explorar e manter seus privilégios, que só querem saber de roubar a mais-valia e se manter no poder através do estado aparelhado com a polícia e o exército para fazer valer que pobre deve ficar no seu lugar. Tudo balela.

Hoje no mundo nunca se produziu tanta riqueza, nunca as pessoas viveram tão bem. Tem pobre que come tanto que morre com doença de rico, isso é, Diabetes, cancêr e infarto do coração. Pobre tem carro bom, tem moto e come churrasco com cerveja. Me lembro que no ano de 81, minha mãe quis comprar um Passat amarelo no qual pagou os olhos da cara. Um bem que somente milionário tinha ou alguém que economizava muito para ter. Me lembro também que no ano de 1990, um amigo quis comprar um computador, ou PC. Tinha computadores pessoais de somente alguns bytes de memória como o HotBit por exemplo, mas ele tinha um computador com maior capacidade. Sei que pagou uma fortuna por ele. Hoje em dia graças ao desenvolvimento tecnológico todo mundo tem um computador potente por um preço acessível, ou um SmartFone que não deixa de ser um computador.  Só quero lembrar que no Brasil, tudo ainda é muito caro, por fatores políticos, mas em nações de livre mercado, tudo em si é muito barato. Isso sim os marxistas deveriam ver.



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