terça-feira, 1 de novembro de 2016

O Mito do Indigenismo no Brasil

Publiquei no texto sobre o Republicanismo o que entendo sobre a hibridização da cultura e da tradição herdade e desenvolvida com as experiências dos povos com o mundo durante os milênios. O que quero tratar aqui é uma desconstrução desse mito sobre os índios que se tem tanto falado a tempos, que eles merecem mais e mais reservas, de que fomos nós é que tomamos a terra deles e que eles viviam em paz num mundo idílico, até que o português ganancioso e chauvinista veio tomando a terra de todo mundo, escravizando a indiarada e os colocando pra trabalhar, tudo é claro, numa forma bem melodramática de contar.

Mas é tudo mentira grosseira como a esquerda como sempre fazem com muitas outras coisas, como o mito da reforma agrária, o mito do ecologismo, o mito do imperialismo americano, o mito de uma nação estatizante ser mais produtiva que uma liberal, o mito de Cuba etc.

O Indigenismo

Esse entendimento de que índios são mais ou menos homogêneos em seus ideais, bons selvagens e legítimos proprietários das Terras do Brasil que lhe foram roubadas, está é muito mal informado.

O indigenismo é uma construção híbrida de uma nova tradição para o Brasil que a recente República fez, importando o romantismo, o positivismo e alguns modelos do revolucionário Regime político dos Estados Unidos. Vieram para tapar o vácuo da tradição do Império na consciência coletiva da sociedade brasileira bem como da Igreja Católica que era fundida ao Estado e facilitando a burocracia civil e pública bem como a imanência espiritual  da autoridade Imperial que mantinha, falo em forma pragmática, a unidade e coesão social do povo, ou melhor o "Espírito do Povo", que lhes fornecia um senso comum cultural e tradicional, símbolos e valores compartilhados para que a sociedade subsista e mantenha a ordem e a cooperação.

(Os povos precisam de um consenso de símbolos e valores próprios e perpetuados na tradição, pois daí é a fonte do essencial da moral, das leis, do Direito e o respeito a autoridade e hierarquia. Todos esses itens são primordiais e importantes para qualquer tipo de comunidade e sociedade e nações mantenham a ordem, a cooperação e o entendimento entre os indivíduos e aglomerados 

A vida dos Índios pré-Cabralinos não era nada pacífica ou idílica como propõe historiadores e sociólogos marxistas que usam falaciosamente o "comunismo primitivo" como tese para atacar os valores tradicionais, livres e conservadores da nossa sociedade. A vida deles era cheia de guerras uns contra os outros por motivos infindáveis, a maioria para pilhar, vingar ou simplesmente expansionista.
Comida era um problema quando a população crescia demais entre as tribos. O índio como não produzia quase nada, e a caça e a pesca nem sempre dão resultados positivos, o recurso era a Guerra e o canibalismo. Não havia ferramentas resistentes para o trabalho produtivo e não havia tecnologias eficientes para conservar alimentos e tudo isso resultou numa espécie de inércia evolutiva, algo parecido aos Paleolíticos do Velho mundo. Não se podia cortar uma árvore em uma semana com machado de pedra, pior de tentassem manufaturar um tronco, não havia, enxadas ou facas fortes para qualquer tipo de produção de qualidade e rápida. O que restava então a fazer da vida? Cantar e dançar, realizar festivais e e cerimônias infindáveis a maior parte do dia, quando não fazendo a Guerra.

A nação Tupi, a mais encontrada no território Brasileiro, segundo os estudiosos do tema, no tempo de Cabral, estavam em franco expansionismo, invadindo e reduzindo todas  as outras nações pó e realizando uma legítima limpeza étnica.

Na República, foi feito esse esforço de recriar valores, e o modelo filosófico romântico alemão e francês criou o mito da beleza e valores das nossas matas e rios, o mito do bom selvagem (em moda na europa) pra mostrar o quanto nossa nação é importante. Surgiram assim, diversos escritores antigamente escondidos no tempo do império nos clubes republicanos, como os naturalistas, realistas, romantistas, parnasianistas, brotam  empolgados nesse ímpeto revolucionário, preocupados com a questão cívica em criar através de oda uma literatura "fantástica" os novos valores bem como literaturas panfletárias e jornalísticas criticando ou dando conselhos a construção legal e política do país.
 A histeria  republicana vai atingir seu cume na Revolução de 1930, tendo os Tenentes, os intelectuais  e políticos positivistas e oligarquias do país a apoiarem a destruição da Velha República. Getúlio e os grupos que o sustentavam politicamente, assim como em muitas partes do mundo, achavam atraente o modelo fascistas de Governo em contraposição ao modelo Liberal proposto pela Inglaterra e demais capitalistas do mundo. Essa rejeição se dava, acredito eu, na própria imaturidade teórica acadêmica sobre a natureza do comércio e do dinheiro. Um dos motivos desse levante totalitarista no Brasil foi a desconfiança de muitos grupos políticos de elite desconfiarem do modelo liberal, foi a crise de 29 e toda agonia que causou no mundo e a aparente demora das coisas se arrumarem. Não acreditavam que o Mercado poderia se auto-regular como afirmavam os teóricos liberais.

Foi então na Era Vergas que a cultura artificial da República ganha mais contornos e requintes.  Já embalados pelo Modernismo que vingava no Brasil, criaram através de agências especiais o "Modernismo" que trabalhava muito com as tradições regionalistas para convergi-los ao nacionalismo Estatal. Getúlio instituiu a escola universal e obrigatória, que em seu currículo havia o necessário não somente os conhecimentos instrumentais da nova cidadania, mas doutrinar os ideais do "Estado Novo" e da República.

A partir da Era Vargas, nada muito mudou de forma significativa. Todos os governos foram populistas, estatizantes, massificantes, nacionalistas a sua maneira. O clientelismo, algo tão nocivo a própria ideia de república se perpetua até hoje em autarquias e corporações de sindicatos, velhas oligarquias e franquias privilegiadas de grupos amigos do governo.

- O Indigenismo como frente da Esquerda Hoje:

Partidos de esquerda conseguem eleger seus representados ao executivo e ao legislativo usando e pervertendo essas instituições híbridas da cultura brasileira e jogar um contra os outros sob a manta da luta de classes. Nessa criação de frentes para dirito pra tudo a ideologia de classe, surgiram as Feministas, Ecologistas Gaysistas, Movimentos estudantis, Black-Block, Indigenistas, Sem-terra, movimento Sem-Teto, Movimento Racial Negro(Que em tese queria combater o racismo no Brasil, mas foi é só acentua-lo). Todos esses movimentos levam o Brasil a uma tribalização, um movimento de massa que age com liberdade na ausência de valores tradicionais que medeiam a sociedade, agindo agressivamente contra as autoridades e contra as chamadas elites.

Todos esses movimentos e tantos outros menores e regionais, são orientados por uma liderança partidária de esquerda a lutarem pelos seus Direitos, acusando o sistema capitalista de tudo de ruim que acontece no mudo. Todos os conflitos agrários entre fazendeiros e indíos e Sem-terras, todos os embates da polícia com Estudantes e Black-Blocks tem uma pitada de política e doutrinação.

A doutrinação iniciasse nas escolas com os professores de esquerda de história e geografia principalmente, e se intensificam na faculdade. A doutrinação é coesiva, pois sair da meta proposta nas universidades comandadas por eles, é difícil crescer academicamente Latu-Sensu(Mestrade e Doutorado), é difícil depois de docente ser convidados para Seminários, Simpósios e Congressos, e sabemos que sem esses pontos no currículo fazer uma careira se torna quase impossível.

O problema é que essa tendencia é de nível mundial, sendo a Europa já possuída por esse tipo de doutrina e presença massiva do Estado em tudo por conta disso o que o reforça. Os Estados Unidos estão indo também a esse rumo em grande escala com o Governo de esquerda do Presidente Barack Obama.








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